sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Carta de um preso político perseguido pelo reitor-interventor Rodas por lutar pela Autonomia Universitária Rodas – reitor biônico da Universidade de São Paulo

João Grandino Rodas, no início de seu mandato, se autodenominava o reitor do diálogo. O movimento combativo da USP nunca se deixou enganar. Rodas, no seu estado larval, se nutriu do chorume da ditadura militar e agora na condição de verme aplica aquele mesmo modelo repressivo aqui na Universidade de São Paulo.

       Em 2007, quando era diretor da Faculdade de Direito, mandou a tropa de choque ao Largo São Francisco para reprimir manifestantes que lutavam contra os decretos do Serra para o ensino superior paulista. 


        Em 2009, redigiu a portaria que pôs a PM no campus Butantã para dissolver piquetes na greve de funcionários. Foi em 2009 também que o choque perseguiu estudantes, que se manifestavam contra a polícia no campus, do P1 até o prédio da História sob chuva de bombas e balas de borracha. Além disso, a cada greve, a cada piquete, mais e mais estudantes e trabalhadores são processados pela universidade.

     A polícia, mesmo de forma irregular segundo o estatuto da USP, já estava dentro do campus há alguns anos. No dia da morte do estudante da FEA, no primeiro semestre deste ano, a PM estava fazendo uma blitz próxima ao P3 dentro da USP. O assassinato serviu de pretexto para que a reitoria oficializasse a presença da PM na universidade sob o pretexto da falta de segurança.

       Existe a tendência de personalizar a política repressiva na figura do reitor, mas devemos ter clareza de que ele está aqui para cumprir um papel determinado pelo governo do estado de São Paulo. O estado burguês aplica aqui na universidade uma política privatista que se traduz em terceirizações, incentivo às PPPs via fundações, descaracterizando o caráter público da universidade, precarização do ensino para dar espaço à iniciativa privada, dentre outras coisas. Ao mesmo tempo em que é privatista, a política do Estado é elitista. A restrição do acesso via muros da universidade e via vestibular, contribui para que o campus se transforme num reduto da “playboyzada”, atraindo a atenção dos excluídos para furtos e assaltos.

       Rodas é um interventor do Estado dentro da universidade. É um pau mandado do Governo estadual. Ela aplica a política de destruição da universidade de forma mais contundente que outros setores da burocracia acadêmica e acaba gerando alguns atritos interburocráticos os quais costuma ignorar, pois tem o respaldo de Geraldo Alckmin e de sua camarilha pró-capitalista.

Reunião de negociação do dia 07/11 
          A segunda reunião de negociação do movimento de ocupação com representantes da reitoria realizada na última segunda-feira não avançou em relação à primeira. A reitoria propôs, novamente, um grupo de trabalho misto (movimento e burocracia) para revisar o convênio com a PM e outro grupo de trabalho para rever um a um todos os processos administrativos contra estudantes e trabalhadores. Os negociadores da reitoria, Messias e Amadio, queriam firmar um acordo de desocupação do prédio da reitoria com os representantes do movimento nos moldes que devem estar acostumados a fazer com a burocracia estudantil. A comissão da ocupação se comprometeu apenas a levar a “nova” proposta à assembléia estudantil e isso não era o suficiente para a reitoria, que não se comprometeu a adiar o prazo da reintegração de posse do edifício. Ademais, condicionou a reunião seguinte à desocupação. A reitoria pagou para ver.

08/11 – Pra quem ainda tinha alguma dúvida...
        O movimento de ocupação do prédio da reitoria vinha travando o debate sobre a presença da PM no campus colocando que se trata de mais um passo na escalada repressiva do Estado e da burocracia acadêmica que tentam calar as vozes que se levantam contra a política privatista e elitista para a universidade. A reitoria, com a ajuda da mídia burguesa, tentava ganhar a opinião pública caracterizando o movimento como sendo de maconheiros e baderneiros. O senso comum, de maneira geral comprou a idéia de que é a questão de segurança o plano de fundo de todo esse embate.                                                                                                                                    

        A PM não está no campus para garantir a segurança da comunidade USP. Para quem ainda tinha alguma dúvida, a entrada de 400 policiais armados para prender 73 estudantes, que estavam se manifestando politicamente na reitoria ocupada, demonstra cabalmente a função da PM na USP. Não há argumento que justifique tamanha utilização de força a não ser a perseguição política ao movimento. Serão mais 73 processos criminais e  mais 73 processos internos administrativos, totalizando o recorde de 146 novos processos. É a política do terror para barrar o movimento.

       O movimento estudantil que novamente se levanta deve se pautar pela questão mais imediata, que é a da perseguição política dentro da universidade. Não podemos parar até a retirada de todos os processos políticos contra estudantes e trabalhadores e da PM da USP (bandeira congressual há anos). Qualquer outra orientação para o movimento é distracionista e tenderá a nos levar à derrota.

         Não existe segurança no capitalismo. Não podemos nos deixar levar pelo argumento da falta de segurança na universidade. A polícia está em todo lugar e em todo lugar há crimes. A falta de segurança é fruto da sociedade de classe, da exploração do homem pelo homem, do desemprego, da exclusão, da falta de oportunidades. É a opressão de classe a que é submetida a maioria da sociedade a causa da violência. Isso é capitalismo. 

         Defendemos a revolução e ditadura do proletariado porque ela é necessária para destruir a ditadura de classe da burguesia, que é o conteúdo até mesmo do mais democrático dos regimes sob o capitalismo. Só a sociedade sem classes, o comunismo, vai dar iguais oportunidades a toda humanidade e encerrar a barbárie social que o capitalismo nos impõe. A questão de segurança, portanto, jamais vai se resolver com mais ou menos policiais nas ruas ou na universidade. É utopia acreditar nisso. Isso sim é idealismo. O fato é que a polícia no campus significa mais repressão. Recusamo-nos a cair na conversa mole do governo, de sua marionete Rodas e da imprensa vendida, que usam o uso da maconha e a criminalidade para impor mais repressão. Erguemos nossos punhos dentro e fora da universidade para combater a opressão de classe, que se concretiza na polícia.


10 de novembro de 2011

domingo, 25 de setembro de 2011

BOLETIM DA CPE DISTRIBUIDO NA ASSEMBLEIA DOS ESTUDANTES DO DIA 21/09


PLENÁRIA DO FUNCIONALISMO TOMA DECISÃO ACERTADA
O movimento de luta do funcionalismo federal, organizado no SINASEFE, tomou a decisão em sua Plenária Nacional, de radicalizar. É a resposta que os trabalhadores dão ao governo federal (Dilma/PT) que radicalizou, há muito tempo, contra a base do SINASEFE.
A iniciativa do governo do PT de estender o acordo realizado com o Andes/Conlutas à base do SINASEFE é uma clara tentativa de dividir a solidariedade de luta dos trabalhadores. Porém, não deu certo. Professores e funcionários mantiveram sua greve. É lamentável que a direção do Andes, ao invés de unificar a luta de todo o funcionalismo federal, dividiu o movimento assinando o acordo vergonhoso com o governo de aumento de 4% e somente para o próximo ano, atendendo aos professores e excluindo os funcionários. Nas demais reivindicações, só promessas.
O governo do PT agiu contra os trabalhadores em greve com a mesma truculência de todos os governos burgueses. Criminalizou a luta ao judiciar a greve, age com violência ao colocar a repressão policial contra os trabalhadores e mantêm-se intransigente ao ser insensível as reivindicações da classe explorada.
Assim, os trabalhadores também estão corretos em responder a truculência e intransigência do governo burguês do PT com a radicalização da luta. Somente a luta determinada dos trabalhadores é capaz de envergar quaisquer governos burgueses. Ocupar reitorias ou prédios públicos relacionados com o governo federal e, principalmente, com os ministérios envolvidos com as reivindicações do funcionalismo; bloquear ruas como o trecho de frente ao IFRN na Salgado Filho, etc, são algumas das várias opções dos trabalhadores. A ação direta coletiva (ocupações, manifestação de rua, bloqueios de estradas, etc) é a arma principal para os trabalhadores alcançarem suas reivindicações neste momento.
A Corrente Proletária Estudantil apoia a iniciativa da Plenária, fazendo-se presente em suas atividades no IFRN e lutando em unir os estudantes nesta luta contra o governo burguês autoritário, intransigente e insensível do PT/Dilma.
Onde está a direção do GEDM durante a greve??
Já faz mais de um mês que o SINASEFE decretou greve e até agora os estudantes estão sem saber o que está ocorrendo durante todo esse período e sem participar da luta que também pertence aos estudantes.
 A direção do Grêmio Estudantil Djalma Maranhão (Kizomba/PT e independentes) que é quem deveria está unificando a luta dos estudantes com os funcionários está omissa.
A direção não encaminha a luta dos estudantes porque é ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT) , portanto secundariza a luta dos estudantes em prol da defesa do seu governo Dilma/PT.
Na ultima assembleia no dia 16 de setembro um membro da Kizoma/PT, que não é da direção, falou enquanto direção do grêmio, como representantes dos estudantes.
A direção vem implementando uma politica de aparelhamento do Grêmio Estudantil colocando pessoas de suas correntes politicas em cargos no grêmio sem que isso seja aprovado em assembleia.
Grêmio é para lutar! Como não pretende construir a unidade no movimento a direção preocupa-se apenas com o calendário das eleições para direção do grêmio, questiona se vai ficar na escola até janeiro e reforça esse questionamento nos estudantes, não se posiciona na defesa da greve, disfarça com um falso apoio e ainda coloca no twitter frases como #IFquerEstudar, (que fica claro a tentativa de exigir o retorno das aulas) ao invés de desenvolver  uma ampla campanha defendendo: Governo Dilma, atenda as reivindicações dos servidores! Apoiamos a greve e exigimos uma escola pública e gratuita para todos! Não fazem porque defendem o mesmo governo que vira as costas para o SINASEFE.
Se realmente queremos que a greve dure pouco devemos aprovar nessa assembleia TOTAL APOIO E PARTICIPAÇÃO DOS ESTUDANTES NA GREVE, colocando nossas reivindicações fazendo mobilizações em conjunto com o SINASEFE, tirar um calendário de atividades de rua, manter nossas assembleias semanais enquanto durar a greve e exigir da direção do GEDM que construa a luta e fortaleça a greve trazendo os estudantes para o movimento, pois somente assim vamos conseguir romper a barreira que o governo Dilma/PT coloca nas negociações com o funcionalismo publico federal.
UNIR A LUTA COM AS NOSSAS BANDEIRAS!!!
A unidade no movimento se constrói com cada categoria levantando suas bandeiras e defendendo todas as  bandeiras das diversas categorias presentes no movimento e é isso que os estudantes do IFRN devem fazer, levantar nossas bandeiras
.A Corrente Proletária Estudantil listou algumas das reivindicações mais urgentes dos estudantes do IFRN Natal-Central.
1.            Material gratuito para todos: todo estudante de escola pública tem o direito de receber todo o material necessário durante o período em que ele estiver na escola gratuitamente seja ele livros, xerox,  material de aula em laboratório, entre outros. Devemos exigir que todo material seja fornecido pela a escola para todos os estudantes.
2.            Almoço gratuito para todos, sem  restrição: No IFRN temos estudantes  que passam o dia na escola e não têm condições de pagar o almoço e a lista do serviço social não atende a todos que precisam.
3.            Ampliação do refeitório: temos um refeitório que não é suficiente para o número de estudantes do instituto e para que todos possam almoçar lá é necessário que o refeitório seja ampliado, mas que durante o período de reforma do refeitório seja apresentada uma alternativa para os estudantes se alimentarem (gratuitamente).
4.            Discussão do PRONATEC: o governo federal/PT está querendo implantar nas escolas técnicas o PRONATEC um programa que visa favorecer as escolas técnicas privadas e aprofundar o sucateamento dos Institutos Federais.  Que o GEDM chame um estudo sobre esse projeto para que os estudantes possam se posicionar.
São com essas bandeiras que vamos fortalecer a greve e fazer com que dê passos largos em direção a vitória!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Conferência Nacional Estudantil do Partido Operário Revolucionário (POR)

Balanço politico e tarefas
23 e 24 de Julho de 2011


Nos dias 23 e 24 de julho de 2011, realizou-se a Conferência Nacional Estudantil do POR, portanto, logo após o 1º Congresso da Anel (23 a 26 de junho) e o 52º Congresso da UNE ( 13 a 17 de julho). Trata-se de uma primeira Conferência, que corresponde ao desenvolvimento das posições programáticas e da intervenção no movimento estudantil.
O POR e a Corrente Proletária Estudantil se esforçaram para avançar as formulações sobre a educação e a linha política de organização da juventude. A presença dos estados onde o POR vem se organizando mostrou empenho da militância na tarefa de elaboração coletiva do programa para a educação e, em particular, para a universidade. O alto nível das discussões críticas e autocríticas, as correções às teses, os acrescimentos, as supressões e as resoluções aprovadas indicaram o fortalecimento de quadros que elaboraram a teoria e a política revolucionárias.
Uma das tarefas fundamentais da militância marxista é tomar a experiência como fator decisivo da comprovação das posições partidárias, da crítica às posições das correntes adversárias e da elaboração da teoria. Os documentos aprovados atestam a importância da 1ª Conferência Nacional Estudantil do POR.  A militância poderá verificar essa avaliação estudando o conjunto das teses publicadas.
Os documentos foram: 1) Teses para a universidade; 2) Privatização e desnacionalização da educação; 3) Teses sobre a educação básica; 4) Revisão do Programa da Corrente Proletária Estudantil. Também fizeram parte da Conferência as avaliações do 1º Congresso da Anel e do 52º Congresso da UNE. A atividade se encerrou com um informe político de cada estado e sua discussão crítica e autocrítica. A saudação revolucionária coube a regional do Ceará.
 O ponto alto da Conferência foi a discussão sobre o programa proletário para a educação. Evidenciou-se que o programa não se confunde com as reivindicações parciais e circunstanciais. O programa para a educação constitui-se como expressão do programa do proletariado de abolição da propriedade privada dos meios de produção e edificação da propriedade social, coletiva, socialista. A transformação da educação é uma das tarefas fundamentais da revolução proletária. Não há um programa para a educação à parte, desvinculado do programa de transição da revolução socialista.
A Conferência precisou o reconhecimento de que a educação ocupa o lugar das tarefas democráticas não realizadas pelo capitalismo atrasado e semicolonial do Brasil. Clareou a constatação de que a escola não tem como progredir nas condições do capitalismo em decomposição. E da impossibilidade da burguesia fazer reformas que reduzam o fosso entre a minoria exploradora e a maioria explorada, entre a alta concentração de capital e a pobreza das massas. Portanto, não se tem como superar o fosso entre o ensino destinado à burguesia e o da maioria operária e camponesa, bem como da classe média arruinada.  
A Conferência se debruçou na tarefa de identificar as raízes da educação de classe e o caráter estrutural de sua crise. Assim, deteve-se sobre as relações de classes e seus reflexos na história da educação brasileira. Por essa via, torna-se consistente a compreensão de que a permanência do analfabetismo, a persistência do semi-analfabetismo, a exclusão de milhões de jovens do ensino médio e o brutal elitismo da universidade constatam que a burguesia não resolveu a tarefa democrática de educação para as massas exploradas. Não resolveu e não resolverá, apesar do capitalismo no Brasil ter as condições materiais para sua solução. O fracasso mais visível é o de não ter garantido a aprendizagem universal das crianças, apesar de ter universalizado o acesso ao ensino fundamental. A causa se encontra nas raízes da formação social do modo de produção capitalista da economia semicolonial. A brutal exploração e concentração de riquezas impossibilitam à burguesia instruir as massas de conjunto e elevar seu nível cultural.
A tarefa democrática corresponde: 1) erradicação do analfabetismo e semi-analfabetismo; 2) acesso universal em todos os níveis; 3) fim da evasão; 4) sistema único, público e gratuito; 5) erradicação do ensino religioso; 6) ensino científico, vinculado à produção social; 7) controle coletivo da educação. As tendências do capitalismo e as diretrizes governamentais estão em oposição à resolução desses aspectos, que de conjunto correspondem à tarefa democrática da educação. Isso porque prevalece o processo de privatização e de decomposição do ensino. E porque o capitalismo não tem como solucionar a pobreza, a miséria e a fome de milhões.
Inúmeras foram as reformas educacionais e todas concluíram pela coexistência do sistema público entrelaçado ao sistema privado e confessional. O avanço do ensino mercantil na universidade e a sua sobreposição ao público refletem à natureza de classe da educação.
A Conferência destacou a implantação do Ensino a Distância (EaD) como destruidor da escola e sintoma da putrefação do sistema educacional burguês. Analisou o impulso que os governos vêm dando à penetração do ensino não-presencial na escola e a constituição de redes completamente virtuais. Concluiu que tem havido um desprezo diante da ofensiva do EaD por parte da Anel e um apoio da UNE.  No entanto, não se pode defender a bandeira de ensino público e gratuito sem liquidar a implantação do sistema EaD.
A solução da tarefa democrática da educação passou para as mãos da classe operária, que a incorpora em seu programa. O primeiro passo consiste em expropriar o sistema privado, estatizá-lo e constituir o sistema único sob o controle coletivo. Por ser uma tarefa democrática, ou seja, não propriamente socialista, a luta é travada contra a diretriz privatizante dos governos. É necessário trabalhar por esse programa no seio da juventude oprimida. As reivindicações mais elementares das massas estudantis e da juventude em geral constituem ponto de partida para a ação direta e para o avanço do programa de expropriação e estatização do ensino.
A Conferência reforça a necessidade de vínculo entre as bandeiras parciais e circunstanciais com o programa de destruição do sistema privado. A militância porista não despreza nenhuma reivindicação que coloque os estudantes em luta contra a opressão, mas a subordina ao programa estratégico. A Conferência rechaça o centrismo, o reformismo e o estalinismo que isolam as reivindicações elementares do programa e que as transformam em fonte de ilusão sobre a possibilidade de reformar a educação capitalista, de garantir a aprendizagem, de abrir suas portas para os explorados e de colocar a educação a serviço dos trabalhadores.
O fato dos partidos que dirigem o movimento estudantil não expressarem a política revolucionária do proletariado para a educação impossibilitou que os Congressos da UNE e da Anel aprovassem um programa de expropriação do sistema privado e de universalização do ensino em todos os níveis. O 52º Congresso da UNE serviu de correia de transmissão da política burguesa dos governos de Lula e de Dilma. E 1º Congresso da Anel se mostrou impotente em combater essa política. Ambos os Congressos estiveram desvinculados das massas estudantis, de forma que os delegados não foram eleitos sobre a base da defesa do programa e não expressaram a luta política entre as distintas correntes.
A Conferência confirmou a caracterização sobre a estatização da UNE e estabeleceu as tarefas do combate por sua independência e pela democracia operária. Confirmou a rejeição à divisão da UNE que resultou na constituição da Anel. Avançou a compreensão da necessidade da vanguarda formar uma fração revolucionária para derrotar a política do reformismo e do estalinismo, que degenerou a UNE. Considerou importante a intervenção do POR em ambos os Congressos, empunhando o programa e as tarefas do movimento estudantil.
As condições econômicas e a situação política nacional e internacional vêm mudando com a crise que eclodiu em 2008. Abriu-se uma nova etapa da luta de classes internacional. O retrocesso do movimento social sob a política do PT e do governo caudilhesco de Lula foi e tem sido profundo. Isso explica em grande medida a facilidade com que se avançou a burocratização e estatização das organizações de massa. A Conferência avaliou que tem havido mudanças na disposição de luta dos explorados. Cabe à militância porista trabalhar no seio das massas estudantis, preparando-se para uma nova situação aberta pela crise.
A Conferência julgou como positiva a edição do Boletim Nacional da Corrente Proletária Estudantil. Reconheceu que ainda falta expressar o trabalho centralizado do partido nos estados em que está organizado. Portanto, uma das tarefas fundamentais é a de tornar o Boletim em organizador coletivo do trabalho estudantil. Reforçou a importância da ação militante voltada a organizar a vanguarda, que desperta para a defesa do programa revolucionário para a educação, na Corrente Proletária e no partido.  As teses, resoluções e documentos constituídos no processo de intervenção nos Congressos da Anel, da UNE e da realização da 1ª Conferência Estudantil do POR deverão ser publicados.
A Conferência faz um chamado aos estudantes para que discutam nossas posições e se organizem nas fileiras do Partido Operário Revolucionário.

Viva a Conferência Nacional Estudantil!

quarta-feira, 6 de julho de 2011



ACAMPAMENTO POR TEMPO INDETERMINADO JÁ!

Já são mais de 60 dias de luta contra um governo opressor e truculento. Todos nós sabemos que Rosalba/DEM não age de forma isolada. Conta com o apoio do governo Dilma/PT e agora de forma mais clara para todos da justiça burguesa. A Frente Parlamentar do deputado Mineiro/Ricardo Motta de nada adiantou. 
Hoje apesar do medo e da fraqueza da direção do Sinte ainda contamos com o apoio da grande maioria da população. No entanto, pais, estudantes e todos os usuários dos serviços que estão paralisados esperam o desfecho para o impasse. Por isso, temos que avançar e derrotar esse governo dos empresários da copa.
O acampamento provisório deve transformar-se em acampamento por tempo indeterminado. Devemos exigir que as direções realizem, aqui no acampamento uma assembleia para avaliar a situação e tomar uma decisão coletiva com todos os setores em greve. 
  • MANTER A UNIDADE GREVISTA!
  • ACAMPAMENTO COM TODOS QUE ESTÃO EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
  • GARANTIR NOSSAS REIVINDICAÇÕES CONFIANDO UNICAMENTE EM NOSSA LUTA!
  • ASSEMBLEIAS UNIFICADAS PARA AVANÇAR NA LUTA!
  • RESPONDER A JUSTIÇA BURGUESA COM LUTA!



sábado, 25 de junho de 2011

É sargento Regina que era aplaudida no "acampamento" da câmara


Vejam com quem o movimento #Fora Micarla fez alianças no acampamento. Enquanto os trabalhadores, servidores públicos faziam greves, manifestações, o movimento aplaudia Sargento Regina. A mesma que foi denunciada neste vídeo. 

Sargento Regina era aplaudida enquanto que a Corrente Proletária Estudantil era hostilizada por defender que o movimento levantasse as bandeiras de luta nos bairros, organização de comitês e as reivindicações que mobilizam os trabalhadores. 

PELA UNIDADE DE ESTUDANTES E TRABALHADORES!

VAMOS A LUTA!

domingo, 12 de junho de 2011


12 de maio de 2011

Nota do POR/Corrente Proletária Estudantil sobre sua retirada do acampamento na Câmara Municipal de Natal

  As mobilizações que culminaram na ocupação da Câmara Municipal de Natal tiveram sua origem nas insatisfações da juventude com sua situação de opressão. As últimas manifestações de rua começaram na luta contra o aumento da passagem de ônibus. Rapidamente, o PT - com a colaboração do PSTU- no Fórum de Luta Contra o Aumento da Passagem, secundarizando a luta pelas reivindicações, transformou-a numa bandeira eleitoral pelo ''Fora Micarla''. Essa orientação tem o objetivo de desgastar a gestão de Micarla (PV) para preparar a campanha de Fernando Mineiro (PT)  em 2012.
           A ocupação da Câmara Municipal foi fruto da luta numa conjuntura de ataque à vida dos trabalhadores e estudantes. A ocupação se converteu em trampolim eleitoreiro para as manobras parlamentares do PT e seus interesses escusos. Todo movimento de luta pelas reivindicações estudantis foi transformado em esteira para os interesses do PT, sobretudo para pressionar a aprovação da Comissão Especial de Investigação (CEI) dos Aluguéis pela via da pressão institucional. Caracterizamos que a CEI não é a bandeira de luta do movimento, mas uma manobra eleitoreira do PT.
    A recente mobilização do dia 09/06, que foi mobilizada pelas redes sociais deixava claro que seria para fortalecer o acampamento na Câmara Municipal e que ao chegar o movimento faria um ato no pátio. Os manifestantes que percorreram o ato todo tempo gritavam “ocupar e resistir” essa era a intenção da juventude. No entanto, ficou claro qual foi o rumo e o caráter que a burocracia impôs, ao impedir que os estudantes entrassem na Câmara Municipal. Internamente a burocracia fez uma reunião de cúpula para decidir como impedir os manifestantes de entrarem na Câmara sob a justificativa de que não havia espaço, e que os manifestantes poderiam causar danos ao patrimônio público. O fechamento das portas e a caixa de som na entrada tinham como objetivo a dispersão. E conseguiram.  A principio o PT sustentou que os menores de idade não poderiam participar da ocupação e que o restante entregaria os nomes e o RG, que todos que entrassem deveriam entregar suas bolsas para ser revistada pela guarda e por ultimo só poderia entrar na Câmara quem estivesse portando uma fita no braço.
            O objetivo do PT é promover uma ocupação ''pacifica e ordeira'' com poucos manifestantes, respeitando as ''regras da Casa'' com fim de pressionar os vereadores para aprovar a CEI e trabalhar no desgaste eleitoral da gestão de Micarla. Diante da possibilidade de repressão e desocupação o PT defendeu uma ''resistência pacífica'', estariam dispostos a serem ''espancados até a morte'' mas não esboçariam nenhuma atitude de autodefesa. 
            Diante das manobras eleitoreiras de aprovar a CEI, transformar o movimento num trampolim para carreiristas, mudar o caráter reivindicatório e transformá-lo num apêndice das disputas de parlamentares burgueses como Sargento Regina (PDT) impedindo que os estudantes ocupassem a Câmara Municipal no dia 09/06, o Partido Operário Revolucionário (POR) se retira do acampamento para defender a organização da população nos seus locais de estudo, trabalho e moradia na luta por suas próprias reivindicações. Sabemos que a CEI nada tem a ver com as reivindicações dos estudantes e trabalhadores; que reforçar isso fortalece a política burguesa do PT de estatizar os movimentos sociais e canalizar as insatisfações da maioria para via da pressão parlamentar.
Hostilidade e democracia estudantil
Enquanto o POR era duramente hostilizado pelo PT, quando apresentava propostas, chamando  a organização dos comitês, defendendo a convocação dos sindicatos e centrais para fortalecer o movimento;   parlamentares como Sargento Regina/PDT que até ontem era denunciada em vídeos de como agia nos bastidores da câmara, tinha todo espaço para fazer demagogia política e  recebia  do PT  aplausos calorosos. O que os unem com certeza não é a luta. 
O papel da  ANEL no acampamento          
Em todas as circunstancias a ANEL manteve uma postura colaboracionista com o PT. Defenderam veementemente que todos deveriam entregar seus nomes, que os manifestantes não poderiam entrar, que deveria manter a “ordem”nesse mesmo espaço de corrupção, de propina e de ataque aos trabalhadores que é a Câmara Municipal. A atitude mais repugnante foi a presença da militante da ANEL na porta da Câmara Municipal no dia 09/06 escolhendo a critério do próprio dedo quem deveria ou não entrar no recinto.
 O POR mantêm as mesmas propostas que desde o início apresentou quando do surgimento do movimento: que voltemos nossa luta para os bairros,  escolas e locais de trabalho para que tenhamos um movimento forte e que conte com a participação dos movimentos organizados, sindicatos e da população. Com isso construirmos uma pauta de luta pelas reivindicações dos trabalhadores, juventude e desempregados.
 Pelo passe-livre para estudantes e desempregados
 Defesa da escola pública, gratuita que una teoria e prática
 Emprego a todos
 Salário mínimo aprovado pelas assembléias de trabalhadores, que garanta suas condições de vida
 Contra a privatização na saúde
 Pela ação direta como método legítimo da classe trabalhadora (greves, manifestações, ocupação, piquetes, etc), com ampla participação dos trabalhadores, juventude e desempregados.
 Unidade do movimento grevista contra os ataques dos governos Dilma/PT, Rosalba/DEM e Micarla/PV.

sábado, 11 de junho de 2011

ORGANIZAR UM CONGRESSO DE TRABALHADORES,OPERÁRIOS E DESEMPREGADOS PARA BARRAR OS ATAQUES DOS GOVERNOS

A CRISE DE 2008 NÃO PASSOU!
Os governos de Dilma/PT, Rosalba/DEM e Micarla/PV colaboram com a crise econômica que explodiu em 2008. Diante da crise vêm tomando medidas de proteção aos grandes grupos econômicos e especuladores. Para isso aplicam medidas que aprofundam o desemprego, a fome e a miséria dos trabalhadores. A crise no Brasil tem tomado proporções cada vez maiores. A resposta que os trabalhadores têm encontrado tem sido a luta. A burguesia e seus governos de Platão têm respondido à luta da classe trabalhadora com muita repressão. Foi assim em Jirau contra a superexploração da Camargo Correia e do governo Dilma, tem sido assim no funcionalismo público das três esferas que respondem aos baixos salários e a destruição dos serviços, repressão policial e prisão para os bombeiros do RJ que reivindicam melhores salários, assassinato de líderes camponeses, etc. Isso é a democracia burguesa.
O PARLEMENTO É UM ANTRO DE INIMIGOS DA CLASSE TRABALHADORA.
Os parlamentares (deputados, vereadores) são parte da democracia burguesa. Ganham muito dinheiro para viverem parasitando e justificando as roubalheiras das quadrilhas que assaltam o Estado. Jamais ficarão ao lado dos oprimidos. São vendidos e submissos aos governos e aos capitalistas. O parlamento burguês é um antro de inimigos da classe trabalhadora. Nada podemos esperar desses senhores.
O CAMPO DE LUTA DA CLASSE TRABALHADORA
Os trabalhadores têm seus próprios métodos de luta. As mobilizações de rua, os piquetes, bloqueio de ruas são os nossos métodos. Chega de caminhadas pacifistas. A burguesia e seus agentes não terão a menor piedade na hora de jogar a polícia em cima do movimento. Se queremos expulsar esses governos e levar a classe trabalhadora a vitória temos que avançar na luta.
ORGANIZAR UM O CONGRESSO ESTADUAL DOS TRABALHADORES,
ESTUDANTES, OPERÁRIOS, JUVENTUDE E DESEMPREGADOS!
A população apóia a nossa luta. Não podemos mais esperar. O momento é de organizar um congresso estadual para construir os comitês de luta. A organização de comitês de luta por bairro, no local de trabalho, nas fábricas, escolas, etc., irá barrar os ataques desses governos à classe trabalhadora.
Estamos convocando estudantes, trabalhadores, operários enfim todos aqueles que tem acordo que a tarefa para organizar e avançar no movimento é a via da luta, através de nossos métodos, a participar de nossa plenária.

BARRAR NAS RUAS OS ATAQUES DOS GOVERNOS!

No RN o governo de Rosalba/DEM tem levado e estado ao completo caos. É o massacre ao funcionalismo público, é o desmonte mais acelerado dos serviços essenciais aos trabalhadores como saúde e educação.
A resposta que os servidores estaduais encontraram foi a GREVE. Rosalba responde dizendo não ter dinheiro para atender as categorias. Por isso é necessário a UNIDADE GREVISTA para que as pautas sejam atendidas.
No município Micarla/PV não é diferente. Por um lado tem penalizado a juventude, os trabalhadores e desempregados e por outro tem andado de braços dados com os empresários.  Os bairros sofrem com a falta de atendimento. A juventude e os trabalhadores já sentem na pele o acordo de Micarla com os empresários de transporte que levou ao aumento do valor da passagem.
A falência dos Estados atuais é resultado da crise mundial do capitalismo. A burguesia retirou dinheiro público e transferiu para os capitalistas que perderam com a jogatina especulativa. As dificuldades financeiras do Estado potiguar estão relacionadas com as dificuldades dos Estados europeus, com a falência dos Estados que está motivando as lutas populares no norte da África e Oriente Médio e com o corte de 50 bilhões no orçamento do governo federal de Dilma/PT, além da crise instalada com o repasse no Fundo de Participação dos estados.
O governo federal fez cortes no orçamento porque comprou o banco falido Nossa Caixa, enviou dinheiro para o FMI dividir com a oligarquia financeira, enfim mantem sua ajuda aos grandes grupos econômicos. O Estado do RN ficou sem dinheiro, a exemplo do governo federal, porque subsidiou os empresários hoteleiros. O corte de 45% do orçamento da UERN não foi suficiente para a ex-governadora Wilma (PSB) afastar a crise do Estado. O fechamento de hospitais e escolas é o exemplo mais claro dessa crise no governo do DEM.
Devemos utilizar toda nossa revolta e disposição de luta para organizar os Comitês de bairros na defesa das reivindicações dos trabalhadores e juventude. Não basta tirar Micarla e entregar o governo nas mãos do vice. Precisamos discutir os problemas dos bairros como desemprego, as chacinas à juventude desempregada, a falta de atendimento nos hospitais e postos de saúde, etc.
Os trabalhadores não suportam mais viver com a miséria salarial de R$ 545,00 aprovado pelo governo Dilma/PT, a juventude não tem perspectiva de emprego. Os serviços essenciais à classe trabalhadora estão sendo destruídos, os operários sofrem com a superexploração do trabalho enfim não temos outra saída que não seja defender a vida dos trabalhadores e derrotar a opressão dos governos federal, estadual e municipal.
Por isso empunhar nas ruas as bandeiras:
  • PASSE-LIVRE (GRATUIDADE)PARA ESTUDANTES E DESEMPREGADOS (Que as horas usadas para a produção sejam divididas entre todos aptos ao trabalho – assim ter-se-á uma jornada de trabalho compatível com o trabalho a todos)
  • EMPREGO A TODOS. ESCALA MÓVEL DE HORAS DE TRABALHO.
  • DEFESA DO SALÁRIO MÍNIMO VITAL. Que nenhum trabalhador receba menos do que o necessários para ter uma vida saudável (pelos nossos cálculos 3.800,00)
  • LUTA PELA IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE PROTEÇÃO À JUVENTUDE OPRIMIDA. Jornada máxima de 4 horas no trabalho e o restante do tempo dedicado à escola e ao lazer.
  • ACESSO A TODOS A EDUCAÇÃO. FIM DOS VESTIBULARES E DO ENSINO PRIVADO  POR MEIO DA ESTATIZAÇÃO SEM INDENIZAÇÃO.
  • PELO DIREITO DE ORGANIZAÇÃO E MANIFESTAÇÃO DA JUVENTUDE, TRABALHADORES E DESEMPREGADOS.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Aumento na tarifa + Salário mínimo de fome = Ataque as massas

Já virou rotina, a cada inicio de ano prefeitos se aproveitam das férias dos estudantes para aumentar as tarifas no transporte. Em muitas cidades a juventude expressa sua revolta nas ruas por meio das ações diretas. A organização em relação ao transporte, porém, deve ser permanente, em cada escola, universidade,e principalmente, em cada bairro.
Os reajuste das tarifas de ônibus, muito acima da inflação, e, principalmente, dos  salariais, é uma imposição dos capitalistas aos oprimidos. Enquanto a tarifa sobe 10% o salário subiu 5%.  Apesar da prefeitura entregar,em 2010, milhões em subsídios para as empresas, a tarifa só sobe e os transportes só pioram, com ônibus super lutado, atraso e em quantidade insuficiente para cobrir a cidade
            Salvador retoma agora a revolta do Buzu,  em 2003 trouxe grandes lições: o movimento deve extrapolar as fronteiras das escolas, deve tomar as ruas. É importante aliar a luta contra o saque ao bolso dos trabalhadores à defesa de suas condições de vida, defender as reivindicações mais sentidas dos explorados. Isto significa combater o salário mínimo de fome proposto por Dilma (R$ 545,00), assim como as migalhas a mais que propõem as centrais sindicais. Precisamos defender o salário mínimo vital, que deve ser suficiente para cobrir todas as despesas de uma família de quatro pessoas. Saúde, educação, transporte, alimentação, moradia, etc.
Exigir a retirada do aumento é só o primeiro passo contra a opressão da população. Para enfrentar o problema é preciso lutar pela estatização sem indenização das empresas de ônibus, sob o controle dos trabalhadores e da população. Esse é o caminho para garantir o transporte como direito e não como mercadoria. Cabe ao Estado sustentar o custo do transporte público, que deve ser feito com o passe livre para todos. A garantia do transporte é parte da garantia, entre outros direitos, como trabalho, educação, saúde e lazer.
O método para arrancar as reivindicações é o da mobilização, da ação direta(passeatas, bloqueios das avenidas, ocupações de prédios etc.). A ilusão da pressão o parlamentar, elaboração de projetos e busca de apoio de supostos representantes do povo no Estado burguês submeterá os movimentos da população àqueles que deviam ser combatidos( a burguesia e o seu Estado).
As passeatas tem cumprido um papel importante. O fortalecimento do movimento depende da incorporação dos trabalhadores, em geral, e da própria classe operária em especial.


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Barrar nas Ruas o Aumento de Passagem

A prefeitura de Natal(PV) concedeu aumento de 10%, nas tarifas de transporte público na capital. As  passagens passaram a partir de sábado, dia 22, a custar R$ 2,20, o reajuste, acima do índice da inflação (IPCA), foi decretado na calada da noite atendendo as reivindicações do SETURN, e ataca ainda mais os trabalhadores e estudantes que já sofrem com a precariedade  e o valor elevado do transporte público de Natal


Situação dos transportes públicos
A população de Natal sofre todos os dias com as péssimas condições de transporte, ônibus super lotados, e uma frota sucateada, fundamentalmente nas linhas que cobrem a periferia da cidade. As empresas promovem uma brutal exploração contra os rodoviários que, muitas das vezes, são obrigados a dirigir e cobrar passagens ao mesmo tempo aumentando os ricos de acidentes. A população, sem alternativas, se torna refém da máfia do transporte.


A prefeitura e o SETURN querem enganar os trabalhadores e estudantes de Natal
o reajuste, segundo a  prefeitura, é justificado pela implementação de aparelhos de GPS em toda frota, além da implantação de 20 novos ônibus. Mais uma vez o SETURN mostra quem  manda  e impõem seus interesses,  e os trabalhadores e estudantes serão obrigados a pagar a conta da união indissolúvel  entre a prefeitura de Natal e o cartel  dos transportes. Enquanto o governo Dilma/PT incrementa míseros 5% ao salário mínimo de fome, sobe a inflação e diminui o poder de compre do salário. Como responder a mais esses ataques?
É preciso unidade do movimento
 É  necessário um engajamento das centrais sindicais, trabalhadores e estudantes. A luta fragmentada não conquista, temos que organizar um grande ato que mostre força para derrotar este aumento de passagem, defender o dia 24/02 como um dia de luta de todas as categorias oprimidas.




  • Que a Conlutas convoque uma plenária para organizar e unificar o movimento.
  • Criar comitês de luta nos bairros nas escolar e nos bairros e nos locais de trabalho.
  • Estatização dos transportes públicos! Sob o controle dos trabalhadores!
  • Passe Livre nos ônibus para os estudantes e desempregados.
  •  Defesa do emprego a todos e salário mínimo.