A
publicação reúne números especiais do Jornal Massas, folhetos, artigos e
manifestos, que cobre o período de 2010 a 2015. A edição consta de duas
partes. A primeira é dedicada ao balanço do golpe militar de 1964 no
Brasil, a luta da resistência armada e o golpe militar no Chile. A
segunda, ao expansionismo sionista do Estado de Israel sobre a
Palestina, o levante das massas e o golpe militar no Egito, a
intervenção imperialista na Líbia, o direito à autodeterminação no Irã, a
guerra imperialista contra o Estado Islâmico, a guerra civil na Ucrânia
e a capitulação da Syriza na Grécia. Ao todo, o livro perfaz 452
páginas, o que demonstra o esforço do POR em responder aos problemas
fundamentais da luta de classes mundial. Por meio dessa publicação, se
pode observar o desenvolvimento da linha programática partidária, que em
linhas gerais corresponde à aplicação do Programa de Transição da IV
Internacional.
sábado, 27 de fevereiro de 2016
domingo, 30 de setembro de 2012
Por que defendemos o voto nulo programático? Por que não chamamos o voto na frente de esquerda?
A
classe operária, os camponeses, estudantes e o funcionalismo público já deram
demonstrações da capacidade de luta e mobilização contra as condições de
exploração a que estão submetidos e contra as medidas de ataque dos governos
Dilma Rousseff (PT), estaduais (como, por exemplo, o governo Jaques Wagner) e
municipais, em defesa de melhores condições de vida e trabalho.
O
PT, partido que nasceu das lutas sindicais do final da década de 1970 e início
dos anos 1980, se tornou um partido da ordem burguesa e, hoje, governa para os
capitalistas (industriais, comerciantes, banqueiros, financistas,
latifundiários e agroindustriais). Se adaptou completamente ao Estado, ao
parlamento, às eleições e à democracia capitalista, mantendo a frente do Estado
o direito de propriedade privada, atendendo às necessidades e interesses da
classe dominante do país e das multinacionais. Não à toa o PT recebe
financiamento dos capitalistas. As correntes que permanecem em seu interior
(como O Trabalho-OT, Democracia Socialista-DS e correntes menores) nada mais
fazem que se submeter ao eleitoralismo, às traições e ao reformismo petista,
associando-se como membros minoritários à burocracia petista na CUT e na UNE.
Infelizmente,
a burocracia incrustada nas entidades sindicais, dirigidas pelo PT e PCdoB, que
foram responsáveis pela fragmentação do movimento grevista e atuaram no sentido
da permanente conciliação com o governo de Dilma Rousseff (PT), contra o
conjunto dos servidores federais, professores e estudantes, além das vacilações
do reformismo (PSol) e do centrismo (PSTU– partido que vacila entre o marxismo
e o reformismo), que demonstraram fraqueza e sucumbiram às pressões
reformistas, colocando-se na contramão da ação direta das massas e dos métodos
da luta de classes, determinaram o fim do movimento grevista. A tática de se
dedicar ao processo eleitoral se sobrepôs à necessidade da luta pela educação
pública, das condições de vida e trabalho dos servidores, estudantes. Não a
toa, PSTU e PSol se esforçaram nacionalmente nas últimas semanas para por fim à
greve dos professores. Se ainda a greve resiste, é em razão de parte da base
que caminha na contracorrente das direções.
Terminada
a onda de greves do funcionalismo público federal, que desmascarou o verdadeiro
caráter burguês do governo Dilma Rousseff (PT), tão acobertado por correntes
petistas e por parte das direções dos movimentos sociais, que apoiam e dependem
dos recursos governamentais, chegou a hora de nos posicionarmos sobre as
eleições.
O
Partido Operário Revolucionário (POR) atuou onde foi possível (servidores
federais, professores das Instituições Federais de Ensino e Estudantes)
defendendo a unidade da classe operária, dos assalariados em geral, dos
estudantes e dos demais explorados, no sentido de potencializar a luta em
defesa das reivindicações elementares e da defesa da universidade pública,
gratuita, laica, em que fosse concretizada a relação teoria e prática.
O
POR é claramente um partido marxista-leninista-trotskista, portanto, luta pela
destruição do capitalismo e pelo socialismo. Diferentemente de partidos como o
PSol, PSTU e PCB, não deposita qualquer ilusão nos métodos criados pela classe
dominante, isto é, o parlamento, as eleições, a democracia e o Estado burguês.
As instituições burguesas servem à manutenção da dominação de classe sobre o
proletariado e demais explorados.
Porém,
como leninistas, não defendemos o voto nulo por princípio. Utilizamos a
democracia, o parlamento e as eleições burguesas como tribuna revolucionária.
Sabemos que a intervenção dos revolucionários no processo eleitoral e
parlamentar depende das condições da luta de classes e das próprias forças do
partido revolucionário, enraizado nas massas. Nas condições de ilusões das
massas na democracia, no parlamento, nos partidos e no governo burguês de
plantão, os revolucionários são obrigados a intervir no processo eleitoral e
aproveitar as condições para difundir as posições revolucionárias, defender as
condições vitais e reivindicações do proletariado e demais oprimidos contra a
sanha capitalista e a estratégia da revolução e ditadura proletária como saída
para a crise monumental do capitalismo e para a superação da exploração do
capital sobre o trabalho.
Partindo
das condições elementares de vida e trabalho das massas, de suas reivindicações
mais simples, como educação, emprego, saúde, terra, salário vital, devemos
fazer uma ponte com a estratégia de destruição do capitalismo e constituição do
socialismo, pela via da revolução proletária. Se a intervenção nas eleições, no
parlamento e na democracia burguesa não cumpre essa finalidade, acaba servindo
apenas como enfeite e reforço das ilusões democráticas das massas no domínio
dos capitalistas.
Mas,
o que fazem exatamente as correntes e partidos da Frente de Esquerda em todos
os estados e municípios em que atuam? Primeiramente, a Frente de Esquerda é
resultado de acordos de cúpula entre os partidos e não da discussão aberta e
coletiva com todas as correntes, quer tenham influência eleitoral ou não. O que
vale para PSTU e PSol é se os partidos e correntes são legalizados e têm alguma
influência eleitoral. Em Natal (RN), o POR participou da discussão da Frente de
Esquerda com PSol, PSTU e independentes. Propusemos que o debate sobre o
programa fosse coletivo em plenárias abertas. O PSTU, acostumados aos acordos
de cúpula com PSol, não aceitou e rompeu com a discussão. O PSol, ao final,
sucumbiu ao PSTU, pôs fim ao debate da frente e compôs finalmente um acordo de
cúpula com PSTU, com consignas rebaixadas, adaptadas ao eleitoralismo e às
promessas de campanha.
O
POR não se submete às imposições da legislação burguesa para fins
eleitoralistas, como fizeram o PSol, PSTU e PCO, que tiveram de conciliar o que
resta de suas posições com os princípios de manutenção do Estado de Direito
dominante, deformando completamente o programa, a estratégia e tática marxista.
O pior é que fazem tudo isso em nome do marxismo, confundindo, dessa forma, a
vanguarda e demais ativistas socialistas. Cada vez mais, essas correntes se
afundam no eleitoralismo e defendem posições cada vez mais rebaixadas.
Como
os demais partidos da ordem burguesa (PT, PSDB, PMDB, PDT, PP, PSB etc.), PSol
e PSTU tentam passar a posição equivocada e antimarxista de que é possível
superar as profundas contradições da sociedade capitalista e as condições de
miséria, de exploração e de fome das massas exploradas através de parlamentares
eleitos, de prefeitos, vereadores e presidentes que constituam um governo dos
trabalhadores, saído das eleições e apto a concretizar as aspirações das massas
exploradas no âmbito do Estado e das instituições burguesas. Com isso, ao
contrário do que pensam, apenas reforçam as ilusões das massas na democracia
burguesa.
Não
resta qualquer opção ao POR a não ser defender o voto nulo programático, que
significa chamar os oprimidos a se colocarem contra o circo eleitoral burguês
em defesa do programa revolucionário e da vida das massas proletárias e
exploradas. Não podemos depositar qualquer ilusão na democracia, no Estado, no
parlamento e nas eleições burguesas, porque servem unicamente para manter as
atuais condições de miséria e exploração das massas. Devemos apostar nas nossas
próprias forças, na mobilização, na organização e na luta dos explorados, que,
através das suas experiências e lutas, avançam na consciência política de
classe e se chocam com o poder dos governos e do Estado. Só assim poderemos
avançar na luta pelo socialismo e nos diferenciarmos das correntes que se
submeteram ao eleitoralismo.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Balanço preliminar do XXXIV ENESS
Nós da Corrente Proletária
Estudantil/POR, a partir da atuação no XXXIV ENESS, avaliamos que a
estrutura de discussão burocratizada montada pela direção da Enesso
(Levante Popular/Consulta Popular, Juventude Comunista
Avançando/prestistas, PSOL) não garantiu um debate politizado sobre as
tarefas urgentes do MESS diante dos ataques do governo antinacional e
antipopular de Dilma e dos efeitos da crise econômica mundial que já
começam a atingir os trabalhadores e juventude do Brasil. Enquanto a
crise econômica avança a passos largos, o movimento estudantil de
serviço social expressou no encontro a crise de direção política que tem
desviado os trabalhadores e a juventude combativa da luta pelo fim do
capitalismo e construção do socialismo.
As discussões sobre como organizar a luta contra a mercantilização do
ensino e combater a brutal exclusão da juventude do ensino superior foi
abafada por discussões distracionistas e prejudicada pelas várias horas
de atraso para o início dos GDs e plenárias. A direção cometeu o absurdo
de separar as discussões entre escolas públicas e privadas,
justificando as especificidades de pauta de reivindicação o que
prejudicou a organização e a discussão da luta unitária contra o elevado
grau de privatização do ensino superior que já chega a quase 90% do
setor. Devido ao descaso com as deliberações, as plenárias finais foram
realizadas de forma apressada, levando à aprovação de resoluções
contraditórias, dificultando sua implementação. É urgente aprovar de
fato um programa revolucionário para a ENESSO, que combine a luta pela
educação e contra as opressões com a luta pelo fim do capitalismo.
As Correntes presentes (Levante/Consulta Popular, UJC/PCB, ANEL/PSTU,
Nova Democracia/ maoistas, etc.) se dissolveram no "programa" do projeto
ético-político da profissão do assistente social, subordinando o
movimento estudantil a um programa liberal e reformista e bloqueando o
debate sobre um programa proletário para intervir nas universidades.
Assim, todas se mesclaram na defesa da qualidade como eixo central,
assim como dos 10% do PIB para a educação e Universidade Popular.
Nenhuma disputa programática foi travada por estas correntes, apenas a
disputa aparelhista. A ANEL (PSTU e os simpatizantes da LER-QI), por
exemplo, se apegava a picuinhas organizativa para confrontar a atual
direção (Consulta, UJC, JCA e PSol) e preparar para disputar os cargos
na direção, sem sucesso.
A eleição da chapa única, composta pela JCA e independentes com apoio do
PSol, se deu após ser apresentada ao plenário sem debate. Houve 156
votos favoráveis e 54 abstenções, indicando um elevado índice de
rejeição. Esta direção manterá uma política ambígua, favorecendo o
governismo no movimento estudantil. Diante disso, a tarefa urgente para o
próximo período é politizar o debate nas escolas, realizar plenárias,
assembleias, unificar os estudantes das universidades públicas e
privadas, criando condições para um próximo ENESS que imponha à direção a
necessidade de respeitar a democracia interna, garantindo e priorizando
os espaços de debate e deliberação coletivos. Será fundamental retomar a
elaboração dos cadernos de teses, para que as diferentes posições
existentes no MESS sejam colocadas francamente. Mais do que isso,
coloca-se a necessidade de passarmos a eleger diretorias proporcionais,
em que as posições políticas presentes no evento sejam representadas na
diretoria, fazendo com que as deliberações coletivas de fato sejam
encaminhadas e não só aquelas que agradam à diretoria eleita.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Carta de um preso político perseguido pelo reitor-interventor Rodas por lutar pela Autonomia Universitária Rodas – reitor biônico da Universidade de São Paulo
João Grandino Rodas, no início de seu mandato, se autodenominava o reitor do diálogo. O movimento combativo da USP nunca se deixou enganar. Rodas, no seu estado larval, se nutriu do chorume da ditadura militar e agora na condição de verme aplica aquele mesmo modelo repressivo aqui na Universidade de São Paulo.
Em 2007, quando era diretor da Faculdade de Direito, mandou a tropa de choque ao Largo São Francisco para reprimir manifestantes que lutavam contra os decretos do Serra para o ensino superior paulista.
Em 2009, redigiu a portaria que pôs a PM no campus Butantã para dissolver piquetes na greve de funcionários. Foi em 2009 também que o choque perseguiu estudantes, que se manifestavam contra a polícia no campus, do P1 até o prédio da História sob chuva de bombas e balas de borracha. Além disso, a cada greve, a cada piquete, mais e mais estudantes e trabalhadores são processados pela universidade.
A polícia, mesmo de forma irregular segundo o estatuto da USP, já estava dentro do campus há alguns anos. No dia da morte do estudante da FEA, no primeiro semestre deste ano, a PM estava fazendo uma blitz próxima ao P3 dentro da USP. O assassinato serviu de pretexto para que a reitoria oficializasse a presença da PM na universidade sob o pretexto da falta de segurança.
Existe a tendência de personalizar a política repressiva na figura do reitor, mas devemos ter clareza de que ele está aqui para cumprir um papel determinado pelo governo do estado de São Paulo. O estado burguês aplica aqui na universidade uma política privatista que se traduz em terceirizações, incentivo às PPPs via fundações, descaracterizando o caráter público da universidade, precarização do ensino para dar espaço à iniciativa privada, dentre outras coisas. Ao mesmo tempo em que é privatista, a política do Estado é elitista. A restrição do acesso via muros da universidade e via vestibular, contribui para que o campus se transforme num reduto da “playboyzada”, atraindo a atenção dos excluídos para furtos e assaltos.
Rodas é um interventor do Estado dentro da universidade. É um pau mandado do Governo estadual. Ela aplica a política de destruição da universidade de forma mais contundente que outros setores da burocracia acadêmica e acaba gerando alguns atritos interburocráticos os quais costuma ignorar, pois tem o respaldo de Geraldo Alckmin e de sua camarilha pró-capitalista.
Reunião de negociação do dia 07/11
A segunda reunião de negociação do movimento de ocupação com representantes da reitoria realizada na última segunda-feira não avançou em relação à primeira. A reitoria propôs, novamente, um grupo de trabalho misto (movimento e burocracia) para revisar o convênio com a PM e outro grupo de trabalho para rever um a um todos os processos administrativos contra estudantes e trabalhadores. Os negociadores da reitoria, Messias e Amadio, queriam firmar um acordo de desocupação do prédio da reitoria com os representantes do movimento nos moldes que devem estar acostumados a fazer com a burocracia estudantil. A comissão da ocupação se comprometeu apenas a levar a “nova” proposta à assembléia estudantil e isso não era o suficiente para a reitoria, que não se comprometeu a adiar o prazo da reintegração de posse do edifício. Ademais, condicionou a reunião seguinte à desocupação. A reitoria pagou para ver.
08/11 – Pra quem ainda tinha alguma dúvida...
O movimento de ocupação do prédio da reitoria vinha travando o debate sobre a presença da PM no campus colocando que se trata de mais um passo na escalada repressiva do Estado e da burocracia acadêmica que tentam calar as vozes que se levantam contra a política privatista e elitista para a universidade. A reitoria, com a ajuda da mídia burguesa, tentava ganhar a opinião pública caracterizando o movimento como sendo de maconheiros e baderneiros. O senso comum, de maneira geral comprou a idéia de que é a questão de segurança o plano de fundo de todo esse embate.
A PM não está no campus para garantir a segurança da comunidade USP. Para quem ainda tinha alguma dúvida, a entrada de 400 policiais armados para prender 73 estudantes, que estavam se manifestando politicamente na reitoria ocupada, demonstra cabalmente a função da PM na USP. Não há argumento que justifique tamanha utilização de força a não ser a perseguição política ao movimento. Serão mais 73 processos criminais e mais 73 processos internos administrativos, totalizando o recorde de 146 novos processos. É a política do terror para barrar o movimento.
O movimento estudantil que novamente se levanta deve se pautar pela questão mais imediata, que é a da perseguição política dentro da universidade. Não podemos parar até a retirada de todos os processos políticos contra estudantes e trabalhadores e da PM da USP (bandeira congressual há anos). Qualquer outra orientação para o movimento é distracionista e tenderá a nos levar à derrota.
Não existe segurança no capitalismo. Não podemos nos deixar levar pelo argumento da falta de segurança na universidade. A polícia está em todo lugar e em todo lugar há crimes. A falta de segurança é fruto da sociedade de classe, da exploração do homem pelo homem, do desemprego, da exclusão, da falta de oportunidades. É a opressão de classe a que é submetida a maioria da sociedade a causa da violência. Isso é capitalismo.
Defendemos a revolução e ditadura do proletariado porque ela é necessária para destruir a ditadura de classe da burguesia, que é o conteúdo até mesmo do mais democrático dos regimes sob o capitalismo. Só a sociedade sem classes, o comunismo, vai dar iguais oportunidades a toda humanidade e encerrar a barbárie social que o capitalismo nos impõe. A questão de segurança, portanto, jamais vai se resolver com mais ou menos policiais nas ruas ou na universidade. É utopia acreditar nisso. Isso sim é idealismo. O fato é que a polícia no campus significa mais repressão. Recusamo-nos a cair na conversa mole do governo, de sua marionete Rodas e da imprensa vendida, que usam o uso da maconha e a criminalidade para impor mais repressão. Erguemos nossos punhos dentro e fora da universidade para combater a opressão de classe, que se concretiza na polícia.
10 de novembro de 2011
10 de novembro de 2011
domingo, 25 de setembro de 2011
BOLETIM DA CPE DISTRIBUIDO NA ASSEMBLEIA DOS ESTUDANTES DO DIA 21/09
PLENÁRIA DO FUNCIONALISMO TOMA DECISÃO ACERTADA
O movimento de luta do funcionalismo federal, organizado no SINASEFE, tomou a decisão em sua Plenária Nacional, de radicalizar. É a resposta que os trabalhadores dão ao governo federal (Dilma/PT) que radicalizou, há muito tempo, contra a base do SINASEFE.
A iniciativa do governo do PT de estender o acordo realizado com o Andes/Conlutas à base do SINASEFE é uma clara tentativa de dividir a solidariedade de luta dos trabalhadores. Porém, não deu certo. Professores e funcionários mantiveram sua greve. É lamentável que a direção do Andes, ao invés de unificar a luta de todo o funcionalismo federal, dividiu o movimento assinando o acordo vergonhoso com o governo de aumento de 4% e somente para o próximo ano, atendendo aos professores e excluindo os funcionários. Nas demais reivindicações, só promessas.
O governo do PT agiu contra os trabalhadores em greve com a mesma truculência de todos os governos burgueses. Criminalizou a luta ao judiciar a greve, age com violência ao colocar a repressão policial contra os trabalhadores e mantêm-se intransigente ao ser insensível as reivindicações da classe explorada.
Assim, os trabalhadores também estão corretos em responder a truculência e intransigência do governo burguês do PT com a radicalização da luta. Somente a luta determinada dos trabalhadores é capaz de envergar quaisquer governos burgueses. Ocupar reitorias ou prédios públicos relacionados com o governo federal e, principalmente, com os ministérios envolvidos com as reivindicações do funcionalismo; bloquear ruas como o trecho de frente ao IFRN na Salgado Filho, etc, são algumas das várias opções dos trabalhadores. A ação direta coletiva (ocupações, manifestação de rua, bloqueios de estradas, etc) é a arma principal para os trabalhadores alcançarem suas reivindicações neste momento.
A Corrente Proletária Estudantil apoia a iniciativa da Plenária, fazendo-se presente em suas atividades no IFRN e lutando em unir os estudantes nesta luta contra o governo burguês autoritário, intransigente e insensível do PT/Dilma.
Onde está a direção do GEDM durante a greve??
Já faz mais de um mês que o SINASEFE decretou greve e até agora os estudantes estão sem saber o que está ocorrendo durante todo esse período e sem participar da luta que também pertence aos estudantes.
A direção do Grêmio Estudantil Djalma Maranhão (Kizomba/PT e independentes) que é quem deveria está unificando a luta dos estudantes com os funcionários está omissa.
A direção não encaminha a luta dos estudantes porque é ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT) , portanto secundariza a luta dos estudantes em prol da defesa do seu governo Dilma/PT.
Na ultima assembleia no dia 16 de setembro um membro da Kizoma/PT, que não é da direção, falou enquanto direção do grêmio, como representantes dos estudantes.
A direção vem implementando uma politica de aparelhamento do Grêmio Estudantil colocando pessoas de suas correntes politicas em cargos no grêmio sem que isso seja aprovado em assembleia.
Grêmio é para lutar! Como não pretende construir a unidade no movimento a direção preocupa-se apenas com o calendário das eleições para direção do grêmio, questiona se vai ficar na escola até janeiro e reforça esse questionamento nos estudantes, não se posiciona na defesa da greve, disfarça com um falso apoio e ainda coloca no twitter frases como #IFquerEstudar, (que fica claro a tentativa de exigir o retorno das aulas) ao invés de desenvolver uma ampla campanha defendendo: Governo Dilma, atenda as reivindicações dos servidores! Apoiamos a greve e exigimos uma escola pública e gratuita para todos! Não fazem porque defendem o mesmo governo que vira as costas para o SINASEFE.
Se realmente queremos que a greve dure pouco devemos aprovar nessa assembleia TOTAL APOIO E PARTICIPAÇÃO DOS ESTUDANTES NA GREVE, colocando nossas reivindicações fazendo mobilizações em conjunto com o SINASEFE, tirar um calendário de atividades de rua, manter nossas assembleias semanais enquanto durar a greve e exigir da direção do GEDM que construa a luta e fortaleça a greve trazendo os estudantes para o movimento, pois somente assim vamos conseguir romper a barreira que o governo Dilma/PT coloca nas negociações com o funcionalismo publico federal.
UNIR A LUTA COM AS NOSSAS BANDEIRAS!!!
A unidade no movimento se constrói com cada categoria levantando suas bandeiras e defendendo todas as bandeiras das diversas categorias presentes no movimento e é isso que os estudantes do IFRN devem fazer, levantar nossas bandeiras
.A Corrente Proletária Estudantil listou algumas das reivindicações mais urgentes dos estudantes do IFRN Natal-Central.
1. Material gratuito para todos: todo estudante de escola pública tem o direito de receber todo o material necessário durante o período em que ele estiver na escola gratuitamente seja ele livros, xerox, material de aula em laboratório, entre outros. Devemos exigir que todo material seja fornecido pela a escola para todos os estudantes.
2. Almoço gratuito para todos, sem restrição: No IFRN temos estudantes que passam o dia na escola e não têm condições de pagar o almoço e a lista do serviço social não atende a todos que precisam.
3. Ampliação do refeitório: temos um refeitório que não é suficiente para o número de estudantes do instituto e para que todos possam almoçar lá é necessário que o refeitório seja ampliado, mas que durante o período de reforma do refeitório seja apresentada uma alternativa para os estudantes se alimentarem (gratuitamente).
4. Discussão do PRONATEC: o governo federal/PT está querendo implantar nas escolas técnicas o PRONATEC um programa que visa favorecer as escolas técnicas privadas e aprofundar o sucateamento dos Institutos Federais. Que o GEDM chame um estudo sobre esse projeto para que os estudantes possam se posicionar.
São com essas bandeiras que vamos fortalecer a greve e fazer com que dê passos largos em direção a vitória!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Conferência Nacional Estudantil do Partido Operário Revolucionário (POR)
Balanço politico e tarefas
23 e 24 de Julho de 2011
Nos dias 23 e 24 de julho de 2011, realizou-se a Conferência Nacional Estudantil do POR, portanto, logo após o 1º Congresso da Anel (23 a 26 de junho) e o 52º Congresso da UNE ( 13 a 17 de julho). Trata-se de uma primeira Conferência, que corresponde ao desenvolvimento das posições programáticas e da intervenção no movimento estudantil.
O POR e a Corrente Proletária Estudantil se esforçaram para avançar as formulações sobre a educação e a linha política de organização da juventude. A presença dos estados onde o POR vem se organizando mostrou empenho da militância na tarefa de elaboração coletiva do programa para a educação e, em particular, para a universidade. O alto nível das discussões críticas e autocríticas, as correções às teses, os acrescimentos, as supressões e as resoluções aprovadas indicaram o fortalecimento de quadros que elaboraram a teoria e a política revolucionárias.
Uma das tarefas fundamentais da militância marxista é tomar a experiência como fator decisivo da comprovação das posições partidárias, da crítica às posições das correntes adversárias e da elaboração da teoria. Os documentos aprovados atestam a importância da 1ª Conferência Nacional Estudantil do POR. A militância poderá verificar essa avaliação estudando o conjunto das teses publicadas.
Os documentos foram: 1) Teses para a universidade; 2) Privatização e desnacionalização da educação; 3) Teses sobre a educação básica; 4) Revisão do Programa da Corrente Proletária Estudantil. Também fizeram parte da Conferência as avaliações do 1º Congresso da Anel e do 52º Congresso da UNE. A atividade se encerrou com um informe político de cada estado e sua discussão crítica e autocrítica. A saudação revolucionária coube a regional do Ceará.
O ponto alto da Conferência foi a discussão sobre o programa proletário para a educação. Evidenciou-se que o programa não se confunde com as reivindicações parciais e circunstanciais. O programa para a educação constitui-se como expressão do programa do proletariado de abolição da propriedade privada dos meios de produção e edificação da propriedade social, coletiva, socialista. A transformação da educação é uma das tarefas fundamentais da revolução proletária. Não há um programa para a educação à parte, desvinculado do programa de transição da revolução socialista.
A Conferência precisou o reconhecimento de que a educação ocupa o lugar das tarefas democráticas não realizadas pelo capitalismo atrasado e semicolonial do Brasil. Clareou a constatação de que a escola não tem como progredir nas condições do capitalismo em decomposição. E da impossibilidade da burguesia fazer reformas que reduzam o fosso entre a minoria exploradora e a maioria explorada, entre a alta concentração de capital e a pobreza das massas. Portanto, não se tem como superar o fosso entre o ensino destinado à burguesia e o da maioria operária e camponesa, bem como da classe média arruinada.
A Conferência se debruçou na tarefa de identificar as raízes da educação de classe e o caráter estrutural de sua crise. Assim, deteve-se sobre as relações de classes e seus reflexos na história da educação brasileira. Por essa via, torna-se consistente a compreensão de que a permanência do analfabetismo, a persistência do semi-analfabetismo, a exclusão de milhões de jovens do ensino médio e o brutal elitismo da universidade constatam que a burguesia não resolveu a tarefa democrática de educação para as massas exploradas. Não resolveu e não resolverá, apesar do capitalismo no Brasil ter as condições materiais para sua solução. O fracasso mais visível é o de não ter garantido a aprendizagem universal das crianças, apesar de ter universalizado o acesso ao ensino fundamental. A causa se encontra nas raízes da formação social do modo de produção capitalista da economia semicolonial. A brutal exploração e concentração de riquezas impossibilitam à burguesia instruir as massas de conjunto e elevar seu nível cultural.
A tarefa democrática corresponde: 1) erradicação do analfabetismo e semi-analfabetismo; 2) acesso universal em todos os níveis; 3) fim da evasão; 4) sistema único, público e gratuito; 5) erradicação do ensino religioso; 6) ensino científico, vinculado à produção social; 7) controle coletivo da educação. As tendências do capitalismo e as diretrizes governamentais estão em oposição à resolução desses aspectos, que de conjunto correspondem à tarefa democrática da educação. Isso porque prevalece o processo de privatização e de decomposição do ensino. E porque o capitalismo não tem como solucionar a pobreza, a miséria e a fome de milhões.
Inúmeras foram as reformas educacionais e todas concluíram pela coexistência do sistema público entrelaçado ao sistema privado e confessional. O avanço do ensino mercantil na universidade e a sua sobreposição ao público refletem à natureza de classe da educação.
A Conferência destacou a implantação do Ensino a Distância (EaD) como destruidor da escola e sintoma da putrefação do sistema educacional burguês. Analisou o impulso que os governos vêm dando à penetração do ensino não-presencial na escola e a constituição de redes completamente virtuais. Concluiu que tem havido um desprezo diante da ofensiva do EaD por parte da Anel e um apoio da UNE. No entanto, não se pode defender a bandeira de ensino público e gratuito sem liquidar a implantação do sistema EaD.
A solução da tarefa democrática da educação passou para as mãos da classe operária, que a incorpora em seu programa. O primeiro passo consiste em expropriar o sistema privado, estatizá-lo e constituir o sistema único sob o controle coletivo. Por ser uma tarefa democrática, ou seja, não propriamente socialista, a luta é travada contra a diretriz privatizante dos governos. É necessário trabalhar por esse programa no seio da juventude oprimida. As reivindicações mais elementares das massas estudantis e da juventude em geral constituem ponto de partida para a ação direta e para o avanço do programa de expropriação e estatização do ensino.
A Conferência reforça a necessidade de vínculo entre as bandeiras parciais e circunstanciais com o programa de destruição do sistema privado. A militância porista não despreza nenhuma reivindicação que coloque os estudantes em luta contra a opressão, mas a subordina ao programa estratégico. A Conferência rechaça o centrismo, o reformismo e o estalinismo que isolam as reivindicações elementares do programa e que as transformam em fonte de ilusão sobre a possibilidade de reformar a educação capitalista, de garantir a aprendizagem, de abrir suas portas para os explorados e de colocar a educação a serviço dos trabalhadores.
O fato dos partidos que dirigem o movimento estudantil não expressarem a política revolucionária do proletariado para a educação impossibilitou que os Congressos da UNE e da Anel aprovassem um programa de expropriação do sistema privado e de universalização do ensino em todos os níveis. O 52º Congresso da UNE serviu de correia de transmissão da política burguesa dos governos de Lula e de Dilma. E 1º Congresso da Anel se mostrou impotente em combater essa política. Ambos os Congressos estiveram desvinculados das massas estudantis, de forma que os delegados não foram eleitos sobre a base da defesa do programa e não expressaram a luta política entre as distintas correntes.
A Conferência confirmou a caracterização sobre a estatização da UNE e estabeleceu as tarefas do combate por sua independência e pela democracia operária. Confirmou a rejeição à divisão da UNE que resultou na constituição da Anel. Avançou a compreensão da necessidade da vanguarda formar uma fração revolucionária para derrotar a política do reformismo e do estalinismo, que degenerou a UNE. Considerou importante a intervenção do POR em ambos os Congressos, empunhando o programa e as tarefas do movimento estudantil.
As condições econômicas e a situação política nacional e internacional vêm mudando com a crise que eclodiu em 2008. Abriu-se uma nova etapa da luta de classes internacional. O retrocesso do movimento social sob a política do PT e do governo caudilhesco de Lula foi e tem sido profundo. Isso explica em grande medida a facilidade com que se avançou a burocratização e estatização das organizações de massa. A Conferência avaliou que tem havido mudanças na disposição de luta dos explorados. Cabe à militância porista trabalhar no seio das massas estudantis, preparando-se para uma nova situação aberta pela crise.
A Conferência julgou como positiva a edição do Boletim Nacional da Corrente Proletária Estudantil. Reconheceu que ainda falta expressar o trabalho centralizado do partido nos estados em que está organizado. Portanto, uma das tarefas fundamentais é a de tornar o Boletim em organizador coletivo do trabalho estudantil. Reforçou a importância da ação militante voltada a organizar a vanguarda, que desperta para a defesa do programa revolucionário para a educação, na Corrente Proletária e no partido. As teses, resoluções e documentos constituídos no processo de intervenção nos Congressos da Anel, da UNE e da realização da 1ª Conferência Estudantil do POR deverão ser publicados.
A Conferência faz um chamado aos estudantes para que discutam nossas posições e se organizem nas fileiras do Partido Operário Revolucionário.
Viva a Conferência Nacional Estudantil!
quarta-feira, 6 de julho de 2011
ACAMPAMENTO POR TEMPO INDETERMINADO JÁ!
Já são mais de 60 dias de luta contra um governo opressor e truculento. Todos nós sabemos que Rosalba/DEM não age de forma isolada. Conta com o apoio do governo Dilma/PT e agora de forma mais clara para todos da justiça burguesa. A Frente Parlamentar do deputado Mineiro/Ricardo Motta de nada adiantou.
Hoje apesar do medo e da fraqueza da direção do Sinte ainda contamos com o apoio da grande maioria da população. No entanto, pais, estudantes e todos os usuários dos serviços que estão paralisados esperam o desfecho para o impasse. Por isso, temos que avançar e derrotar esse governo dos empresários da copa.
O acampamento provisório deve transformar-se em acampamento por tempo indeterminado. Devemos exigir que as direções realizem, aqui no acampamento uma assembleia para avaliar a situação e tomar uma decisão coletiva com todos os setores em greve.
- MANTER A UNIDADE GREVISTA!
- ACAMPAMENTO COM TODOS QUE ESTÃO EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
- GARANTIR NOSSAS REIVINDICAÇÕES CONFIANDO UNICAMENTE EM NOSSA LUTA!
- ASSEMBLEIAS UNIFICADAS PARA AVANÇAR NA LUTA!
- RESPONDER A JUSTIÇA BURGUESA COM LUTA!
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